segunda-feira, 2 de novembro de 2009

outra de bukowiski

Acho que estou acostumado a me sentar num quartinho e fazer com que as palavras tenham algum sentido. Já vejo o suficiente da humanidade nos hipódromos, nos supermercados, nos postos de gasolina, nas estradas, nos cafés etc. Não se pode evitar. Mas tenho vontade de me dar um chute na bunda quando vou a festas, mesmo que a bebida seja de graça. Nunca funciona comigo. Já tenho argila suficiente para brincar. As pessoas me esvaziam. Preciso sair para me reabastecer. Sou o que é melhor para mim, sentado aqui atirado, fumando um baseadinho e vendo as palavras brilharem na tela. Raramente encontro uma pessoa rara ou interessante. É mais que pertubador, é um choque constante. Está me tornando um maldito mal-humorado. Qualquer um pode ser um maldito mal-humorado, e a maioria é.

Bukowski - O capitão saiu para o almoço e os marinheiros tomaram conta do navio.

Um comentário:

Anônimo disse...

O olhar castanho-claro
(Charles Bukowski)

Esse estúpido, vazio e maravilhoso olhar castanho-claro.


Darei um jeito nele.


Você não precisa mais me enganar com seus truques de Cleopátra de cinema.


Já se deu conta que seu fosse uma calculadora eu poderia entrar em pane registrando as infinitas vezes que você usou esse olhar castanho-claro.


Não que não seja o que há de melhor esse seu olhar castanho-claro.



Algum dia um(a) filho(a)-da-puta louco(a) irá matá-la(o) então você gritará meu nome E FINALMENTE ENTEDERÁ O QUE JÁ DEVIA TER ENTENDIDO HÁ MUITO TEMPO.